Amazônia na Guerra Fria: O Projeto Calha Norte.

O conflito Leste-Oeste que se deu durante a guerra fria afetou o mundo todo principalmente no risco de guerra. A busca por zonas de influência tanto socialistas quanto capitalistas fez com que países que não tinham interesses em se alinhar aos blocos em disputa, tomassem medidas para se defender. O Brasil, sendo um país de proporções continentais e rico em recursos naturais, estava bem no meio desse conflito.

A Amazônia como vasta região, rica em recursos naturais e minerais é muito visada pela comunidade internacional. Após a redemocratização do Brasil em 1985 os debates sobre a defesa nacional se acalentaram, a necessidade de proteger as riquezas do país, dentre elas a Amazônia, era vital importância principalmente por conta dos “perigos” que rondavam a região. Na Colômbia as forças paramilitares faziam incursões na floresta tanto no lado colombiano quanto no brasileiro, no Suriname o governo em exercício passa a se aproximar de Cuba e consequentemente da União Soviética, trazendo assim a ameaça comunista para mais próximo da Amazônia.

As medidas no governo se deram através da implantação do Projeto Calha Norte que consistia num programa de desenvolvimento e defesa da Amazônia. As forças armadas do Brasil deveriam ocupar um trecho do território nacional que se estende ao norte da calha do Rio Solimões à calha norte do Rio Amazonas.

      Bases militares do Projeto Calha Norte. Fonte:http://www.dpi.inpe.br/sil/CST310/Referencias/Amz_desmat/pop_geral_AMZL/A%20POPULA%C3%87%C3%83O%20DA%20REGI%

C3%83O%20NORTE%20PROCUPURB-RE.htm

As forças armadas possuem cerca de 14 bases espalhadas ao longo de 5.993 km da faixa de fronteira, englobando 70 municípios amazônicos. Além da defesa militar, o projeto serve como força desenvolvimentista e fortalecedora da presença do estados nessas regiões abastardas, não apenas para as áreas urbanas, mas também para as indígenas.

Atualmente o Projeto Calha Norte está integrado juntamente com o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia). As metas traçadas na década de 1980 para o projeto continuam em andamento, como: ação de desenvolvimento da região que o projeto abrange, ações comunitárias às populações mais abastardas e ampliação das bases militares na Amazônia.

Referências:

MIYAMOTO, Shiguenoli. Amazônia, Política e Defesa.

SILVA, Paulo Ramos Baptista da. O Projeto Calha Norte e a Política Externa Brasileira a partir de 1985/ Paulo Ramos Baptista da Silva; Orientador: Prof. José Flávio Sombra Saraiva. Brasilia-2009.

NASCIMENTO, Durbens Martins. Projeto Calha Norte: Política de Defesa Nacional e Segurança Hemisférica na governança contemporânea/ Durbens Martins Nascimento. Belém, 2005.

Descolonização Afro-Asiática: Conferência de Bandung.

Conferência de Bandung: momento de grande importância para as recém-formadas nações afro-asiáticas. Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/descolonizacao-afroasiatica.htm. Conferência de Bandung: momento de grande importância para as recém-formadas nações afro-asiáticas. Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/descolonizacao-afroasiatica.htm. Conferência de Bandung: momento de grande importância para as recém-formadas nações afro-asiáticas. Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/descolonizacao-afroasiatica.htm. Com o fim da Segunda Guerra Mundial os países envolvidos no conflito estavam devastados, principalmente os Europeus. Tanto a infraestrutura quanto as economias dos países encontravam-se destruídas, esse acontecimento foi um dos principais motivos que levaram as colônias africanas e asiáticas a buscar a independência. Outro ponto que contribuiu para a independência das colônias foi a disputa entre EUA e URSS, que em busca de áreas de influência auxiliaram de forma direta ou indireta os movimentos independentistas. Entre a década de 1950 e 1960 diversas colônias buscaram sua independência em sua maioria de forma violenta. Metrópoles como Grã-Bretanha e França utilizaram de força militar para impedir que suas colônias se emancipassem gerando conflitos sangrentos, para manter a soberania desses novos países e evitar que as antigas metrópoles tentassem recuperar suas ex-colônias, alguns dos novos países Africanos e Asiáticos se reuniram em 1955 em Bandung na Indonésia com o objetivo de promoção da cooperação econômica e cultural afro-asiática, como oposição ao neocolonialismo Soviético, Americano e de outras nações consideradas imperialistas. A Conferência de Bandung foi a primeira a afirmar que Imperialismo e Racismo são crimes. Esses países tentaram criar o Tribunal da Descolonização para julgar os culpados desse crime contra a humanidade, mas a iniciativa foi vetada pelas potências centrais. A conferência obteve algumas vitórias como a obrigatoriedade dos antigos colonos em ajudar a reconstruir os danos causados no passado. Durante a conferência foi formada a noção de terceiro mundo e os princípios dos países não alinhados, grupo de países que não desejava fazer parte do bloco dos EUA ou da URSS. No lugar do conflito Leste-Oeste, a Conferência de Bandung criou o conceito de conflito Norte-Sul em que o norte representa os países ricos e industrializados e o sul representa os países pobres exportadores de matérias primas. Os 10 princípios da Conferência de Bandung 1. Respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a carta da ONU; 2. Respeito a soberania e a integridade territorial de todas as nações; 3. Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas; 4. Não intervenção e não-ingerência nos assuntos internos de outro país; 5. Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente, de acordo com a Carta da ONU; 6. Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada a servir os interesses particulares das Super-potências; 7. Abstenção de um ato e ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial ou independência política de outro país; 8. Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos, de acordo com a Carta da ONU; 9. Estímulos aos interesses mútuos de cooperação; 10. Respeito pela justiça e obrigações internacionais. Referências. REIS, E. As transições do Leste e do Sul. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol 6, n 12, 1996. http://www.diario-universal.com/2007/04/aconteceu/conferencia-de-bandung/. Acessado em 14/01/2014. http://www.infoescola.com/historia/conferencia-de-bandung/. Acessado em 14/01/2014.

Espionagem na Guerra Fria: KGB vs CIA

Guerra Fria designa um período na história do século XX onde União Soviética e Estados Unidos da América disputavam entre si por zonas de influência e estratégicas nos campos ideológicos, políticos, militares, tecnológicos, sociais e econômicos. Esse momento da história ocorre a partir do fim da Segunda guerra Mundial em 1945 e se estende até a dissolução da União Soviética em 1991.

A denominação “fria” se dá pelo fato de não ter havido conflito armado direto entre as duas superpotências por conta da inviabilidade da vitória numa batalha nuclear por algum dos lados. Para que nenhuma ficasse para trás, ambas as potências adversárias investiram maciçamente em armamentos de destruição em massa, nucleares principalmente, e em tecnologias que proporcionassem a conquista do espaço. Nesse contexto iremos tratar sobre o elemento chave que proporcionou a ambos os lados materiais necessários para que um se mantivesse a frente do outro, a espionagem.

A espionagem foi responsável por praticamente gerir todo o período da Guerra Fria, fornecendo informações privilegiadas para ambos os lados envolvidos. Os espiões compravam e vendiam informações, projetos militares, plantavam informações falsas, auxiliavam a tomada de poder por governos pró soviético ou pró Estados Unidos e participavam de operações sigilosas sendo essas militares ou não. No entanto, estes espiões não trabalhavam por conta própria, havia dois órgãos que comandavam todas as operações de espionagem e contra espionagem, a CIA (Central de Inteligência Americana) e a KGB (Comitê de Segurança do Estado).

 CIA

Escudo da Central de Inteligência Americana. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:CIA.svg

A agência foi criada em 1947, sucedendo a Agência de Serviços Estratégicos (ASE) que atuou durante a Segunda Guerra Mundial coordenando as atividades de espionagem nos ramos das forças armadas americana. Com o fim da guerra e o inicio da Guerra Fria o presidente Harry S. Truman cria a CIA mediante um pacto governamental de Segurança Nacional devido a necessidade estratégica e o avanço do Comunismo pelo mundo.

A agência de Inteligência tinha como objetivo neutralizar a espionagem estrangeira, o roubo de projetos tecnológicos e militares, e a fuga de informações sigilosas do governo americano.  Além disso, a agência passou a coletar informações sobre governos estrangeiros, principalmente sobre o governo soviético e governos pró soviéticos, realizou operações clandestinas e ações paramilitares para derrubar governos comunistas e apoiar governos pró Estados Unidos.

Dentre as operações secretas da CIA durante a Guerra Fria, destacam-se:

.Operação Ciclone: A Operação Ciclone ocorreu durante a invasão do Afeganistão pela União soviética entre 1979 a 1989 e consistiu em armar e treinar os Mujahideen (guerrilheiros islâmicos) para combater os soviéticos. Essa operação foi uma das mais dispendiosas e longas realizadas pela CIA custando bilhões de dólares.

O objetivo da operação secreta foi alcançado, a União Soviética se enfraqueceu durante os dez longos anos de guerra. Por outro lado o regime Talibã ascendeu no Afeganistão governando até 2001.

.Invasão da Baía dos Porcos (Operação Mangusto): A operação de derrubada de Fidel Castro foi liderada pela CIA com o objetivo de acabar com o governo comunista do país caribenho. Além de mercenários, a agência utilizou exilados cubanos que viviam nos EUA armando e treinando esses homens. A operação durou três dias e foi um total desastre, resultando na primeira vitória do comunismo sobre o capitalismo.

KGB

Escudo do Comitê de Segurança do Estado. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Emblema_KGB.svg

A KGB foi criada em 1954 pelo governo soviético, derivando da antiga policia secreta soviética a Tcheka, sendo extinta em 1991 juntamente com o fim da União Soviética. A agência soviética se diferenciou das demais agências de seguranças pelo fato de constituir um ministério dentro da URSS e possuía força militar própria separada das forças armadas soviéticas.

Dentro da organização havia cinco direções-gerais. A primeira era a mais importante era dividida em duas subdivisões a dos ilegais que consistia em agentes que vivam com falsas identidades no estrangeiro e a subdivisão cientifica e técnica responsável pelo serviço de contra-espionagem e serviço de negócios sujos como assassinatos. A segunda e a terceira direções-gerais eram responsáveis por pela coleta de informações, vigilâncias e repressão interna. A quarta era responsável pelas fronteiras da União Soviética e a quinta direção-geral era responsável pelas escolas.

Dentre as operações secretas da KGB durante a Guerra Fria, destacam-se:

.Operação Tufão: A operação tinha como objetivo desestabilizar a Europa Ocidental. A KGB financiou diversas organizações, dentre elas organizações terroristas, para que realizassem uma onda de atentados anti-americano, chefes militares e políticos foram alvos dos atentados encabeçados pela KGB.

As Agencias de Inteligência dos Estados Unidos e da União Soviética estiveram envolvidas em quase todos os momentos da Guerra Fria. Mesmo não tendo ocorrido um conflito militar direto entre as duas grandes potências, por baixo dos panos a KGB e a CIA digladiavam entre si numa espécie de guerra secreta, muitas vezes bem mais eficazes do que conflitos armados.

Referências

http://pt.wikipedia.org/wiki/KGB#Opera.C3.A7.C3.B5es_Especiais. Acessado em 30/12/2013.

http://epaubel.blogspot.com.br/2013/01/cia-x-kgb-espionagem-servico-das.html. Acessado em 30/12/2013.

http://historiaespionagem.blogspot.com.br/. Acessado em 30/12/2013.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Central_Intelligence_Agency. Acessado em 30/12/2013.

2ª Guerra Mundial: Operação Blitz.

Entre 1939 e 1945 ocorreu a Segunda Guerra Mundial, esse conflito abrangeu mais países do que a Primeira Grande Guerra e consequentemente vitimou muito mais pessoas, aproximadamente 60 milhões. De um lado estava o Eixo, encabeçados pela Alemanha, Itália e Japão e do outro estavam os Aliados encabeçados pela Grã-Bretanha, União Soviética e Estados Unidos da América.

Dentro desse conflito global ocorreram diversas batalhas sangrentas, atrocidades, crimes contra a humanidade. Nesse vasto campo de acontecimentos dentro de apenas um evento histórico da humanidade, iremos tratar sobre a tentativa alemã de devastar a Grã- Bretanha e vencer a guerra.

Vista do Rio Tâmisa de pontos bombardeados nas docas de Londres. 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:London_Blitz_791940.jpg.

Em julho de 1940, após vencer a França, os nazistas liderados por Adolf Hitler iniciaram uma nova operação com objetivo de invadir a Grã-Bretanha. Para que tal missão obtivesse êxito era preciso eliminar as chances de defesa dos Britânicos e a forma encontrada foi através dos bombardeios aéreos.

O intenso bombardeio ao Reino Unido ficou conhecido como Blitz, ocorreu de 7 de Setembro de 1940 a 10 de Maio de 1941. A Luftwaffe bombardeou pontos estratégicos como centros militares, indústrias e bases aéreas, e grandes cidades incluindo Londres. O objetivo principal da operação era minar o moral dos britânicos facilitando, assim, a invasão.

Crianças desabrigadas pelas bombas, aguardam ao lado dos escombros do que fora sua casa. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Blitz.

Apenas no primeiro dia dos bombardeios incessantes, os nazistas enviaram quase 880 aviões para a Grã-Bretanha entre bombardeiros e caças que causaram mais de 400 baixas civis, destruição de pontes e prédios apenas em Londres. As defesas Britânicas não estavam preparadas para reprimir qualquer ataque em larga escala como a Blitz e a futura operação de invasão nazista. A RAF (Royal Air Force) era a única capaz de deter os nazistas, no entanto à noite a força aera britânica não era muito eficiente.

Com a ajuda dos Estados Unidos enviando armas e munição, a Grã-Bretanha pôde se defender das investidas nazistas e preparar a defesa terrestre em caso de invasão. Graças a essa ajuda e a aproximação da invasão da URSS pelos nazistas (Operação Barbarossa), os danos e a intensidade dos bombardeios diminuíram até o ultimo ataque em 10 de Maio de 1941.

Os esforços alemães em obter superioridade aérea e dominar a Grã-Bretanha falharam. Os nazistas contabilizaram quase 2.000 aeronaves abatidas e aproximadamente 2.800 mortos, essa foi a primeira derrota da Alemanha nazista durante a guerra. Após essa derrota os recursos alemães foram direcionados para frente leste da guerra, mais especificamente para a invasão da União Soviética.

Referências

HOBSBAWM, Eric. Age of Extremes. Inglaterra: Abacus, 1994. P. 21-198.

http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/edicao003/sub1.shtml. Acessado em 19/12/2013.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Blitz. Acessado em 19/12/2013.

http://pt.worldwar-two.net/artigo/batalha_de_inglaterra/. Acessado em 19/12/2013. 

Guerra Civil Espanhola: Campo de testes

Durante o período conhecido como entre guerras que vai aproximadamente de 1919 a 1939, vários eventos ocorreram culminando na Segunda Grande Guerra. Nesses vinte anos, a frágil paz mundial é abalada por pequenos conflitos e a Crise econômica ocorrida em 1929 mergulhando o mundo numa grave depressão. No leste europeu cresce o poder e influência da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) ameaçando as potências capitalistas. Regimes nacionalistas totalitários se erguem em vários países, com maior força na Itália e na Alemanha derrotada durante a Primeira Grande Guerra.

Nesse contexto conturbado, iremos falar sobre a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), mais especificamente sobre a participação da Alemanha e da URSS no conflito.

A partir da crise ocorrida em 1929, a Espanha sofreu com a recessão econômica e consequentemente uma crise politica. A monarquia espanhola representada pelo rei Afonso XIII tenta retornar ao poder, mas temendo revoltas, o rei promove eleições instaurando a segunda republica.

Primeiramente instaura-se o governo provisório com sob o comando do primeiro-ministro Niceto Alcalá Zamora, indicado para presidente em dezembro de 1931. Com novas eleições marcadas para 1936, o clima politico se intensifica por conta da polarização ideológica entre republicanos representados por socialistas e comunistas na Frente Popular, e nacionalistas representados por latifundiários, empresários e a igreja católica na Frente Nacional.

A Frente Popular vence as eleições, elegendo Manuel Azaña como presidente. No entanto, os Nacionalistas não aceitam esse resultado provendo uma falha tentativa de golpe de estado que dá inicio à guerra civil.

O General Francisco Franco (líder dos nacionalistas) contou com apoio logístico e militar da Alemanha Nazista. Essa que aproveitou o cenário de guerra para testar novas armas e táticas de guerra através da Legião Condor.

A Legião Condor

 

Porta-estandarte da Legião Condor Alemã. Estandarte similar ao que as tropas da Divisão Azul da Waffen-SS utilizariam durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45). Fonte: http://www.imagenshistoricas.com.br/asas-aco-fogo-terra-poderosa-legiao-condor-nazista/.

A Legião Condor foi uma força militar enviada pelos nazistas à Espanha para auxiliar as forças nacionalistas liderados por Francisco Franco entre 1936-1939. Em todo o período da guerra civil, diversas táticas militares novas foram empregadas pelos nazistas principalmente pela força aérea (Luftwaffe) e a conhecida Blitskrieg. Apesar da Itália e União Soviética estarem presentes no conflito testando seu poderio militar, os Alemães foram mais intensos em seus testes enviando mais de 5 mil aviadores, centenas de soldados e toneladas de equipamentos de guerra (tanques, navios, artilharia e etc.).

A atuação da Legião Condor foi mortífera e decisiva para a vitória dos nacionalistas espanhóis, o evento mais conhecido da atuação dessa força foi o bombardeio à cidade de Guernica onde a força aérea bombardeou por horas matando centenas de pessoas. Houve também a atuação da marinha nazista que afundou boa parte da frota republicana espanhol, permitindo que às forças de Franco saíssem do Marrocos e adentrasse em território espanhol e a primeira “ponte aérea militar” onde milhares de soldados foram transportados do Marrocos para Sevilha.

Devido à Guerra Civil Espanhola, os nazistas puderam aperfeiçoar suas técnicas de guerra e testar seus armamentos que futuramente foram utilizados na Segunda Guerra mundial, demonstrando a eficiência das forças armadas nazistas. 

Referências:

BRAUDEL, Fernand. A falência da paz: 1918-1939. Conferência pronunciada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Revista de História, São Paulo, n. 6, 1951.

 http://www.imagenshistoricas.com.br/asas-aco-fogo-terra-poderosa-legiao-condor-nazista/. Acessado em 13/12/2013.

http://www.unificado.com.br/calendario/10/franco.htm . Acessado em 13/12/2013. 

Revolução Russa: Surgimento do Exército Vermelho

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A Revolução Russa ocorreu em 1917, resultado da opressão do governo Czarista e descontentamento do povo com a situação econômico-social do país. Em março (fevereiro no calendário ocidental) devido a manifestações por toda a Rússia e pressão social, o Czar Nicolau II renuncia dando lugar ao governo provisório liderado pelo partido Menchevique. O príncipe  Georgy Lvov latifundiário representante da burguesia liberal russa, uma de suas medidas foi manter a Rússia na guerra apesar das grandes dificuldades que país enfrentava.

As medidas do governo provisório não agradaram o povo. A crise agravou-se, soldados desertavam aos milhares da frente de batalha, o resultado desse descontentamento foi uma revolução liderada por Vladimir Lênin que a frente dos Bolcheviques acabou com o governo provisório implantando o socialismo em novembro do mesmo ano (outubro no calendário ocidental).

Guerra Civil e o surgimento do Exercito vermelho.

Mesmo com chegada do proletariado ao poder, o sucesso total da revolução socialista estava longe de ser concluída. Havia ainda muitos que eram contra a instauração de um governo socialista, os Mencheviques, nobres e outros grupos que estavam no poder almejavam reconquistar o governo do país para si com isso iniciou-se a guerra civil russa (1918-1921). De um lado o “exercito branco” em que faziam parte Mencheviques, ex-generais do império e nobres com apoio de diversas potências internacionais que temiam a expansão do socialismo para o resto do mundo. Do outro lado o “exercito vermelho” representado pelos camponeses, operários e alguns ex-militares do antigo império russo.

 

Leon Trotsky (Comissário para ações militares de V.I. Lenin)

       Primeiramente as forças bolcheviques eram compostas por camponeses (Guarda Vermelha) inexperientes, com a eclosão da guerra civil se fez necessário à criação de um exercito capaz de defender a revolução. Em janeiro de 1918 Leon Trotsky (comissário para ações militares de V.I. Lenin)
cria o exercito vermelho, para que fosse possível obter a vitória Trotsky, permitiu a adesão de militares do antigo império com a supervisão dos comissários políticos para impedir sublevações.

A criação do exercito vermelho permitiu a reorganização das forças bolcheviques, pois agora com conhecimento militar necessário, sua força militar se tornou capaz de fazer levantes e reprimir invasões com técnicas militares mais eficientes, fazendo uso da linha férrea Trotsky, em diversos momentos, movimentou suas reservas limitadas para diferentes frontes de batalha impedindo a derrota por diversas vezes. Esse tipo de manobra de deslocamento ficou conhecido como a guerra de escalonada, na qual numerosas forças militares eram movidas (escalonadas) por ferrovia para defender sucessivamente frentes de batalhas que se achavam em ameaça.

Trotsky à frente do exercito vermelho. fonte: Infoescola.

A experiência estratégica militar adquirida na Guerra Civil formou militares com uma visão única de guerra, pois essa se caracterizou pelas imensas distâncias defendidas por números relativamente reduzidos de tropas, compreenderam que manobras que envolviam mobilidade de tropas eram eficazes para vitória, a concentração de forças superiores para superar o inimigo em um ponto específico e então manobras rápidas, tais como movimentos de flanqueio, penetrações e cercos, para destruir um inimigo que estivesse em uma posição frágil. “O pré-requisito para tais manobras eram uma força ofensiva altamente manobrável, a qual na Guerra Civil se baseava em trens e carros blindados e, especialmente, formações de cavalaria hipomóvel” (grandes guerras, part.1).

Filme recomendado:

 

SLUJILI DVA TOVARISHA (LEGENDADO EM INGLÊS)

Título em inglês: "There were two comrades in the army"

Um filme com a participação de Vysotsky. Enredo: Rússia Soviética durante a Guerra Civil. O 61ª Divisão do Exército Vermelho (a dos trabalhadores camponeses) preparava uma ofensiva em Perekop (Criméia/Ucrânia), quando encontram, como um troféu, um equipamento cinematográfico francês. O estado - maior do Exército Vermelho decide pela utilização do aparato para fazer fotografias aéreas.

Para baixar o filme: 

 http://www.dignow.org/post/filme-para-baixar-slujili-dva-tovarisha-legendado-em-ingl%C3%AAs-2489119-52842.html

Referências

COSTA, Frederico. A Revolução Russa - vitória, degeneração e resistência. Revista Arma da          Crítica, Ano 2, Número 2, Março 2010.

http://www.grandesguerras.com.br/artigos/text01.php?art_id=154. Acessado em 28/11/2013.

Imagens

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/86/Leo_Trotzki_Oktober_1917.jpg Acessado em 28/11/2013.

http://www.infoescola.com/historia/exercito-vermelho/ Acessado em 28/11/2013.